terça a sábado das 10h às 18h
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história
HISTÓRICO DO MUSEU DE ARTE E CULTURA DE CARAGUATATUBA (MACC)
O MACC foi criado em 2002, por meio do Decreto Municipal número 77/2002, de 12/04/2002, sediado em edifício histórico, na antiga Escola Estadual Professora Adaly Coelho Passos e Escolas Reunidas de Caraguatatuba. Possuía salas para exposição de longa e curta duração. Em 2009, o espaço de longa duração recebeu o nome de Espaço “Recontando Caraguá” como parte de uma revitalização e modernização seguindo as tendências dos museus dos grandes centros e aproximando mais o visitante do acervo do Arquivo Público do Município de Caraguatatuba, referente ao seu Projeto História Oral “Recontando Caraguá”, usando de interatividade e tecnologia. Esse espaço agregava com fotos, textos, objetos e uma maquete do relevo e da malha urbana, um panorama histórico da cidade, sob vários aspectos. O Espaço Recontando Caraguá ainda recebeu este nome em referência ao Projeto de História Oral “Recontando Caraguá”, do Arquivo Público do Município de Caraguatatuba “Arino Sant’Ana de Barros”, que possibilitou a obtenção de informações e acervo. Mais tarde o espaço foi rebatizado de Espaço Caraguatatuba. Em 2024 foi desmontado e uma pequena parte de seu acervo (textos em painéis) foi colocado nas galerias de acesso às salas de exposição. Hoje recebe exposições enquanto a atual gestão da Fundacc e da administração do MACC estudam formas para recuperá-lo.
Compondo ainda este espaço, o MACC apresenta até hoje a Sala Caiçara, ambientalizada com fotos e uma casa típica construída de pau-a-pique inicialmente por pescadores do Porto Novo e pelo falecido artista plástico Jac Costa. A sala foi montada com objetos antigos como os apetrechos de pesca e panelas de ferro. Este mesmo cenário apresentava ainda a Casa da Farinha de Mandioca, que remetia ao cenário típico das comunidades pesqueiras, resgatando sua Cultura e tradições. Durante a revitalização do MACC, a Casa do Caiçara passou por reforma e ampliação em uma ação de funcionários do setor de manutenção da Fundacc liderados por Silvio Fernandes.
O Museu ainda tinha um aquário, com espécies marinhas existentes na região do Litoral Norte e painéis que explicavam a fauna e a flora, retirado em 2019.
Nos espaços para exposições de curta duração e nos criados para longa duração, atualmente são realizadas exposições como de artes plásticas com obras de artistas de renome, nacionais e internacionais, e exposições sobre a História, Memória e Cultura Caiçara de Caraguatatuba e região. Os espaços de curta duração são denominados “Antonio Carelli” (2009), em homenagem a este grande artista plástico de nossa terra, e Edna Lins (2024), grande mestra e artista plástica.
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HISTÓRICO DA CIDADE DE CARAGUATATUBA
O povoado de Caraguatatuba surgiu a partir do desenvolvimento de Ubatuba e São Sebastião, com seus portos de grande importância no século XVII. No século XVI, a enseada de Caraguatatuba era conhecida como Enseada dos Guaromomins, remanescentes dos povos originários GUAIANÁ, que viveram nesta região, vindos do Vale do Paraíba, em épocas remotas, em que aqui já viviam outros povos , os Sambaquieiros. Entre 1664 e 1665, Manuel de Faria Dória, Capitão-mor da Capitania de Itanhaem, fundaria a Vila nova que acabaria recebendo o nome de Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba. No início do século XVIII, a Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba desapareceu, ficando conhecida como “A Vila que desertou”. A população foi vitimada por um surto epidêmico, a Varíola, conhecida popularmente como “doença das bexigas”. Essa temerosa doença devorou parte do povo, o restante da população dirigiu-se para Ubatuba e São Sebastião. Contudo, a Vila voltou a prosperar, e em 16 de março de 1847 o então Presidente da Província de São Paulo, Manuel da Fonseca Lima, elevou-a à condição de “Freguesia”. Em 20 de abril de 1857, Caraguatatuba é elevada a categoria de Vila, Nesta data obteve sua emancipação política e administrativa. Foi reconhecida como Estância Balneária em 30 de novembro de 1947. Em 1967, a cidade foi atingida por uma grande catástrofe (tromba d’agua) que destruiu centenas de casas e matou centenas de pessoas. Segundo as pesquisas do IBGE – Instituto Brasileiro geográfico e Estatístico, a cidade possui cerca de 104 mil habitantes. Ao longo do verão, este número chega a triplicar. ORIGEM DO NOME Desde os primórdios da cidade de Caraguatatuba, se tem conhecimento da grande quantidade de Caraguatás existente na região. Daí a origem do nome, batizada pelos primeiros habitantes, os povos originários. CARAGUATATUBA Caraguatá = planta espinhosa + tuba = grande quantidade, Caraguatá em abundância.
Denise Lemes
Historiadora
