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José Moraes


José Moraes (Rio de Janeiro, RJ, 1921, São Paulo, SP, 2003), ingressa na Escola Nacional de Belas Artes - ENBA em 1938, onde estuda com Marques Júnior e Quirino Campofiorito, entre outros, diplomando-se em 1941.


Em 1942, cria no Rio de Janeiro o Grupo dos Dissidentes, contrário à orientação acadêmica do ensino na ENBA, movimento significativo nas lutas pela afirmação da arte moderna no Brasil. Neste mesmo ano, torna-se assistente de Cândido Portinari e, como tal, trabalha com ele na execução do mural da Igreja de São Francisco de Assis, projetada por Oscar Niemeyer dentro do Completo Arquitetônico da Pampulha (Belo Horizonte), hoje Patrimônio Mundial da Humanidade. Nos anos 1940, José Moraes é premiado em quatro edições na Divisão Moderna do Salão Nacional. Em 1945, conquista o Prêmio de Viagem ao Brasil. Em decorrência deste prêmio, viaja, no ano seguinte, para Bajé, RS, onde inicia Glauco Rodrigues e Glênio Bianchetti no ofício da pintura. Em depoimento a Wladimir Machado, que obteve em 1995 o título de Mestre em História da Arte pela Universidade Federal do rio de Janeiro com a dissertação José Moraes: a trajetória de um pintor na década de 1940, afirmou Glauco Rodrigues: “Nosso grupo teve assim o privilégio de poder começar o aprendizado de pintura no ateliê de José Moraes. Isto faz com que me sinta também um pouco aluno de Portinari porque através de José Moraes, durante a sua estada em Bagé, ele nos transmitiu os ensinamentos do Mestre, desde o conhecimento técnico da pintura propriamente dita até os detalhes de como lavar um pincel ou a disciplina de varrer o ateliê como na Florença do Renascimento”.


Com o Prêmio de Viagem ao Exterior, recebido em 1949 no Salão Nacional, Moraes viaja para a Itália, onde permanece por dois anos estudando pintura e técnicas de execução de afrescos e mosaicos. Retorna ao Rio de Janeiro e, em 1958, muda-se para São Paulo, onde dá sequência à sua carreira de artista e professor. Em 1967, torna-se docente na Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP e, nos anos 70, orienta cursos no Departamento de Artes Plásticas da Universidade de Uberlândia, MG. Mesmo sendo professor, Moraes sempre procurou aperfeiçoamento técnico. Em 1971, estuda serigrafia com Michel Caza, em Paris, para onde se dirige três outras vezes com a mesma finalidade. Faz também estágios em litografia com Michel Potier, na École de Beaux-Arts de Paris, e com Eugène Shenker, no Centre de Gravure Contemporaine, em Genebra.


Em 1967, ilustra o livro Histórias de Alexandre, de Graciliano Ramos, editado pela Martins e publica o álbum 10 Contos do Decameron, de Boccaccio, acompanhado de 10 serigrafias de sua autoria. Realizou mosaico em fachadas de edifícios no Rio de Janeiro, Juiz de Fora e Uberlândia, MG.


José Moraes amava as culturas brasileira, francesa e italiana. Foi um pintor e um professor tout court. Costumava dizer: “Sinto um prazer enorme nos atos de pintar e de ensinar”. Contribuiu, historicamente, para a afirmação da modernidade brasileira nas artes visuais.


Enock Sacramento

Curador

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