Calendoscopio | ano - 2025
Até 31.12.2025
exposição
AtÃpico
MaurÃcio Kaschel
Mergulhado em uma jornada de autoconhecimento e reflexão, MaurÃcio Kaschel nos convida a explorar a complexidade e a beleza da neurodiversidade através de sua exposição AtÃpico11 • A mostra rompe com os padrões estabelecidos, celebrando a singularidade de cada indivÃduo. O tÃtulo, um jogo com os termos neurotÃpico e neuroatÃpico, nos desafia a repensar conceitos de normalidade e anormalidade, saúde e doença.
Através de uma paleta mono-cromática e do uso rústico e texturizado do papelão, Kaschel cria obras que são ao mesmo tempo Ãntimas e universais. Cada peça é um fragmento de sua busca pessoal por entendimento e aceitação, um reflexo de sua experiência como indivÃduo neurodivergente. Suas figuras solitárias, em poses meditativas, evocam uma profunda sensação de solitude, ao mesmo tempo em que nos convidam a um diálogo sobre a inclusão e a diversidade.
A exposição é mais do que uma coleção de obras; é um manifesto visual que questiona as normas sociais e celebra a diferença. MaurÃcio utiliza seu trabalho como um espelho da sociedade contemporânea, explorando temas de autenticidade, autorreflexão e crÃtica social. Sua abordagem autodidata, combinada com uma técnica meticulosa, resulta em uma narrativa poderosa e emocionalmente ressonante.
A exposição segue além da mostra; é diálogo e também introspecção. Ao desvendar os mistérios do papelão e da cor, o artista nos convida a olhar além das aparências e a reconhecer a beleza na diversidade humana. Em um mundo que frequentemente busca conformidade, AtÃpico é um grito de liberdade e aceitação.
Mergulhado em sua solitude no ateliê, o pintor encontra a inspiração para cada pincelada, que é um sussurro, uma conversa silenciosa com a alma das coisas. Nas profundezas do azul profundo, encontra os segredos antigos, os mistérios do universo ecoando nas dobras do material. Cada corte no papelão é uma cicatriz, uma marca da jornada solitária da existência humana. E assim, com cada obra, MaurÃcio Kaschel tece uma narrativa silenciosa, um eco das palavras não ditas, uma dança entre luz e sombra que ecoa pela eternidade .. Claudia Lopes